Monday, July 30, 2012

bué de enzimas

quinta do luzio - encontro de saberes, julho, janas - sintra

começamos o dia a beber um café de saco acompanhado com um bolinho caseiro. 
ainda com o bolo na mão fomos dar uma volta pela simpática quinta do luzio, que foi "confiada" a um grupo de pessoas da nossa idade, que querem optar pela economia da dádiva e pela permacultura - estão em transição.


e nós estavamos em transe! a quinta é realmente espectacular, desde ao interior da casa (queremos uma igual), ao espaço de refeição (queremos um igual), às hortas (queremos uma igual), aos cães, aos coelhos e galinhas XXL, ao perú, aos amigos, ao ambiente...








foi pedido a cada pessoa que trouxesse um sabor para partilhar ao almoço e um donativo. 
em troca podíamos levar pão, ovos, compotas, sabonetes e sementes. eu cá trouxe funcho e esponja (ou bucha). o funcho já cresce. a esponja nem vê-la, mas pelo que investiguei pertence à família das abóboras, courgettes, pepinos, etc. e é um exfoliante natural. 




depois da apresentação, fomos fazer o nosso primeiro workshop: 
como fazer pão em forno de lenha.

segundo a patrícia, a padeira, a massa deve ser amassada com pensamentos positivos e, se preferirmos, a cantar e a AML não se conteve! 

sobre a massa: deve ser amassada de fora para dentro e para o centro, não exercendo demasiada força. os ingredientes utilizados foram farinha de trigo, sal, água e fermento de padeiro.

mesmo antes de começarmos a pôr a mão na massa, tivemos explicações de como preparar o forno. 
muito simples: faz-se uma fogueira no forno, com lenha. quando a lenha está "mais ou menos uniforme", é chegada a hora de aquecermos as paredes do forno, todas por igual. então move-se a madeira ardente para o lado direito, para aquecer as paredes do forno do lado esquerdo e vice-versa. nesta fase as paredes do forno ficam brancas.

depois, trazem-se as cinzas para a porta do forno. com a ajuda de uma vassoura improvisada, feita com um pau e ramos de árvores na extremidade, previamente molhada, limpa-se o do fundo do forno, para que o pão não fique com cinzas.

para sabermos se a temperatura do forno é a ideal para colocarmos a massa do pão, povilha-se o forno com farinha e se esta borbulhar sem queimar quer dizer que está na hora de colocarmos a massa. 




como sabemos que a massa está pronta para ir para o forno?
coloca-se um pedaço de massa num copo com água  e quando esta subir, esta pronta - é um processo que pode demorar até 2 horas ou mais.
também se pode deixar a massa num armário, longe da luz, coberta com um pano. 

esta já estava amassada e levedada e nós só lhe demos uns toques e seguiu directamente para o forno. 


enquanto o pão cozia, houve quem começasse a preparar o almoço - as saladas, os pestos, a sangria, as azeitonas, o caril de tofu e tanta coisa boa que já nem nos lembramos. 

nós fomos aprender a fazer cerveja biológica e bué de enzimas e tantas outras coisas....






para fazermos a cerveja temos que ter kombucha, que se vende nos supermercados biológicos. 

a kombucha é uma bebida popular e algumas culturas acreditam que é um remédio natural para vários males e que promove a saúde a força física (in wikipedia) e quem sabe uma a bebedeira saudável: mas só podemos comprovar se a fizermos.

o processo de fermentação é feito com chá dos açores (preto ou verde) e açúcar amarelo. 
a este preparado junta-se a kombucha e deixa-se a repousar durante 15 dias e está pronta a emborcar e esperar que faça efeito. deve ter um sabor ligeiramente ácido mas doce. 
nós provamos e é bom. 

outro cocktail que aprendemos a fazer foi o que nós denominamos de bué de enzimas
juntar num copo: sementes de girassol, coentros ou manjericão, alho, limão, azeite, sal, água e molho de soja. varinha mágica e está pronto para temperar saladas, por exemplo. mas é bom para tudo porque tem bué de enzimas.

depois das enzimas, foi a vez das sementes germinadas. altamente nutritivas. 
demolhar sementes de girassol da noite para o dia. depois, verter a água e lavar. escorrer bem. repetir o processo de lavagem várias vezes e depois colocar no frigorífico. 
estão prontas para serem consumidas.

por esta altura nós já só pensavamos em comer. e foi o que fizemos.
o almoço estava uma verdadeira delícia. o pão maravilhoso (a côdea estava um pouco rija, mas para primeiro amasso não estava nada mal). a sangria, das melhores que já bebemos. as saladas maravilhosas. o tofu divinal. o pesto, muita bom, e a companhia ainda melhor. 

findo o almoço, cada um lavou o seu prato e copo e fomos tirar a foto colectiva. 

depois da foto, cada um escolheu o seu workshop e nós fomos para a oficina de carpintaria


tínhamos de aprender o nome de todas estas ferramentas manuais, mas só conseguimos fixar o nome de um dos professores. eram dois especialistas em madeiras e em ferramentas antigas, que não precisam de electricidade para funcionarem. precisam sim de força e de jeito.

e foi o que fez esta marioneta. ou pelo menos tentou, com muito jeitinho, fazer um furo na tábua, que com um furador daquele tamanho, até o professor suou. não foi fácil!




depois, foi a vez da outra marioneta, que arrancou a casca de um pequeno tronco com um descascador de madeira (realmente não conseguimos fixar o nome das ferramentas). 




aprendemos a serrar, a tirar medidas, a endireitar uma tábua torta, com uma plaina (pelo menos sabemos o nome de uma ferramenta), e a distinguir uma boa madeira.


Depois ainda passamos pelo workshop de sabonetes e detergentes ecológicos, ouvimos as explicações de um expert em árvores, lanchamos e demos um último passeio pela quinta para contemplar as vistas, as hortas e os animais.





fica a promessa de lá voltarmos em breve. 

CML, AML 

Friday, July 6, 2012

inspiraçao do dia




CML

já são 3

faltou um pormenor importante
recebi-a de presente e não podia ter ficado mais sensibilizada.

[a imagem das três tesourinhas passarinhas foi removida]

obrigada ana r.

CML

rumo ao norte

1. breve passagem pelas ruas do porto
quem diria que eu havia de encontrar mais janelas para nos inspirar? 



2. um passeio por matosinhos

isto não é uma instalação

lembram-se?

Tragédia no Mar, escultura em homenagem aos pescadores e 
suas famílias vítimas de naufrágio em 1947

anémona gigante, uma escultura em rede vermelha, 
mais uma homenagem à comunidade piscatória

3. a caminho da afurada

de matosinhos ao cais de embarque: 9 kms em ciclovia





do cais de embarque à afurada são cinco minutos de travessia - uma viagem pelas águas do douro que sabe a pouco.


o barco tem o nome de Flor do Gaz e é o único a fazer viagens sem conta, entre o porto e a afurada, todos os dias entre as 6h00 e sem hora certa de última viagem. pode ser às 21h como pode ser às 23h. quem decide é o comandante... se não apanhares o barco, tens que dar a volta por terra, e espera-te uma longa e agradável caminhada.


o preço do bilhete varia entre 1,20 e os 2 euros (para quem se faz acompanhar de bicicleta).



por esta altura comemora-se o são pedro, padroeiro dos pescadores, a última festa popular do mês de junho, e eu, como boa popular que sou, vou lá para ver como tudo se passa.


é impressionante passear pelas ruas, que nesta altura estão cheias de decorações alusivas à grande festa, e cheias de gente também, e perceber que estas pessoas se dedicam a a preservar o seu património - as casas parecem todas novas de tão cuidadas que são. nota 10. nota negativa para a beata e todo e qualquer objecto não desejado que vai directamente para o rio - de notar que esta população vive do que o rio lhes dá, mas essa foi uma conversa que optei por não ter, com os amigos que entretanto fiz. 


de seguida, três versões diferentes do são pedro

a rede foi feita pela joana vasconcelos, que este ano foi a
madrinha da festa. o são pedro está em cima do andor
que foi carregado rua acima até à igreja em modo
de procissão com mais 48 santos



a caixa para as "contribuições"
depositada a céu aberto
não resisti

os explosivos para o tão aguardado e aclamado fogo de artificio,
o melhor das redondezas dizem os entendidos

o fogo promete...  a avaliar pela quantidade
as varinas
os amigos

o fogo

foi mesmo o melhor fogo que alguma vez vi. 
foi tudo muito especial, desde a recepção até à despedida.

há muitos pormenores que ficam por contar, mas esses guardo-os para uma conversa a três, lá para meados de agosto. 

CML

Thursday, July 5, 2012

Quando ainda por terra de indios a fazer compras dispensáveis, dei com uns botões baratinhos que ao virar diziam aquilo que se pode ler.


Pensei imediatamente "Just Like me". Só depois me ocorreu que aquilo queria dizer, quem sabe,  que já estariamos perto da china em termos de condições laborais. Isso não me animou, mas não desisti e cá estou.


Há um mês a ultima tarefa em família a deixar saudades. Mas amanhã é dia de feira e se as houver serão tratadas, ainda que a 4 mãos.


AML